Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário
Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar pra aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
pra receber daquilo que aumenta o coração
...para ouvir aqui.
Não conhecia, mas tem de facto uma grande letra. O refrão toca-nos mesmo no coração.
ResponderEliminarJá agora, se a Mafalda Veiga é aquela que estou a pensar, só tenho a dizer que evoluiu imenso na minha opinião que vale o que vale
Devo dizer-te que acho estranho não conheceres esta música, penso que seja uma das primeiras músicas dela. A minha mãe ofereceu-me na minha adolescência um cd dela e mais tarde o que ela fez com o João Pedro Pais, e confesso que não a acho uma grande cantora, mas é uma excelente compositora e letrista.
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